Dar banho no pet dentro de casa pode ser uma tarefa complicada. Isso porque alguns animais de estimação têm medo de água, do secador, da rasqueadeira e alguns ainda podem ser friorentos demais ou simplesmente não gostarem do procedimento.
Para te ajudar nessa missão, Alexandre Rossi, zootecnista e especialista em comportamento animal, deu algumas dicas em um vídeo de seu canal do YouTube para que a hora do banho passe a ser um momento divertido para o bichinho.
O zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, esteve no É de Casa, em 8 de setembro, e deu dicas para quem lida com cães que engolem tudo.
Caso você tenha perdido, clique aqui e assista a matéria agora!
Estamos na reta final do inverno, mas os cuidados com os nossos pets não podem parar! Em uma live para o Estadão, Alexandre Rossi, zootecnista e especialista em comportamento animal, deu várias dicas úteis para garantir o bem-estar do seu amigo nesses dias mais frios.
Nem todo mundo é fã da coleira cabresto, porque ela pode fazer com que o cachorro fique com uma aparência de bravo ou agressivo. Porém, segundo Alexandre Rossi, zootecnista e especialista em comportamento animal, esse tipo de coleira pode facilitar muito o passeio com animais que puxam demais.
Assista ao vídeo aqui, para saber mais sobre essa dica!
Quando um cão ingere as próprias fezes ou de outros animais (como dos gatos), dizemos que ele apresenta coprofagia.
Pode parecer algo absolutamente nojento sob nosso ponto de vista, mas é um comportamento natural em outros animais, como para roedores e alguns primatas não-humanos.
Por que ocorre em cães?
A coprofagia pode estar associada à deficiência de alguns nutrientes ou até à presença de vermes. Portanto, é importante que o pet passe por uma consulta veterinária para que se averigue se está tudo bem com a saúde dele.
Cadelas com filhotes comem as fezes do ninho para mantê-lo limpo. E filhotes podem também brincar com o cocô, comportamento que tende a desaparecer à medida que crescem.
Além disso, a falta de atividades e exercícios físicos também pode ser uma das causas da coprofagia.
Outro motivo pode ser a supervalorização das fezes pelo tutor. Mas como seria possível? Em muitas situações, para evitar o comportamento coprofágico, o tutor praticamente disputa as fezes com o cão, ou seja, corre para recolher assim que o pet se alivia. Esta situação pode aumentar o interesse do cachorro pelas próprias fezes.
O que fazer
A coprofagia deve ser analisada sob vários ângulos, verificando-se como anda a rotina e o ambiente onde o cão está inserido. A primeira medida é estabelecer uma rotina de exercícios e atividades com o cachorro e também caprichar no que se denomina enriquecimento ambiental, ou seja, deixar o local onde ele fica repleto de coisas para ele fazer.
Além disso, é importante não dar atenção às fezes do cão e recompensá-lo pelos acertos longe do local onde ele defecou, antes que ele sequer pense em ingerir as fezes. Borrifar nas fezes substância amarga própria para repelir animais pode fazer com que o cão cheire os excrementos e não tenha mais interesse na ingestão.
O veterinário que pode indicar também a utilização de algum medicamento que torne as fezes menos palatáveis. Uma outra dica é oferecer mamão, que contém papaína, uma enzima conhecida por digerir proteína.
Se o cachorro mostra interesse pelas fezes dos gatos da casa, o ideal é impedir o acesso deles às caixas de areia, que podem ser posicionadas em locais mais altos ou dentro de móveis criados para este fim, onde somente o gato consiga acesso.
E o segredo principal: muita paciência para entender o que está motivando o cachorro a adotar este comportamento, para daí então tomar as medidas necessárias!
Por Alexandre Rossi, zootecnista, especialista em comportamento animal e sócio-fundador da Cão Cidadão.
O seu cão, por mais bem tratado que seja, pode ficar agressivo. Conheça as possíveis causas disso e controle melhor a situação.
Muitas pessoas têm ideia uma errada sobre a agressividade canina. Acreditam que determinadas raças nunca se tornam agressivas ou que o cão tratado só com amor e carinho jamais morderá ou será agressivo.
Neste artigo, explico como surge um comportamento agressivo, de quais tipos ele pode ser e por que se desenvolve.
Raça e linhagem
Quando me pedem um comentário sobre ataques de cães, a primeira pergunta que ouço é sempre se a culpa é da raça ou da maneira como o cão foi criado. Na verdade, a resposta não é simples – um ataque pode ser determinado por vários fatores.
Para começar, não há raça canina sem indivíduos agressivos. Muitas pessoas se surpreendem quando se deparam com um Golden Retriever ou um Labrador agressivo. No imaginário delas, essas possibilidades não existem. Mas elas existem e não são tão raras assim, como bem sabe quem trabalha com comportamento canino.
Isso não quer dizer que uma raça não seja, em média, mais agressiva ou dócil que outra. Por exemplo, Rottweilers são mais agressivos que Beagles, em média, mas há muitos Rottweilers mais dóceis do que muitos Beagles.
Outro fato são as diferentes linhagens de uma mesma raça, cujos exemplares podem ser mais mansos ou mais agressivos do que a média. Por isso, às vezes, ao querer prever o comportamento do filhote, é mais importante conhecer o comportamento típico da sua linhagem do que de sua raça.
Influência da criação
O modo como lidamos com o cão influencia muito o comportamento dele. A boa educação pode controlar a tendência a uma agressividade maior e a má educação pode tornar perigoso um cão pouco agressivo. Mas é muito mais fácil e garantido educar para ser manso e confiável um cão que tem tendência a ser dócil.
Amor e carinho não bastam
Quando atendo consultas de comportamento, muitas vezes ouço gente desabafar que sempre fez tudo que o cão queria, sem nunca lhe faltar amor nem carinho, e que não entende por que agora ele ataca as pessoas da casa. Mas para controlar a agressividade dos nossos cães e evitar acidentes, muitas vezes graves, devemos estar cientes de que a educação correta envolve muito mais do que amor e carinho.
De onde vem a agressividade
Para a maioria das espécies a agressividade é fundamental, pois elas fazem, por meio dela, a defesa do território, de seus parceiros sexuais, dos filhotes, da comida e até da posição hierárquica. Na grande maioria dos bichos o comportamento agressivo é inato, pelo menos em parte, e pode aflorar somente em algumas situações ou fases da vida.
É o caso dos cães machos que, na puberdade, começam a brigar com outros cães machos. E dos filhotes que se tornam agressivos ao disputarem a teta da mãe ou ao tentarem garantir que o sono não seja perturbado pelos irmãozinhos.
Vários tipos de agressividade
Podemos dividir o comportamento agressivo em classes, para melhor entendê-lo e controlá-lo. Independentemente dos critérios adotados, mais complexos ou mais simples, em geral as classificações se assemelham.
Agressividade territorial
Normalmente, um cão fica mais agressivo no território dele para defendê-lo. Muitos cães aceitam um outro quando estão em espaço neutro, mas passam a atacá-lo se ele entrar no território deles ou ameaçar entrar.
Agressividade possessiva
Manifesta-se quando alguém se aproxima de um objeto, de um animal ou de uma pessoa de quem o cão tem “ciúmes”. Ocorre, por exemplo, quando ele está com algo que considera valioso, como um osso com pedaços de carne. Acontece também quando uma visita abraça ou cumprimenta o dono do cão.
Agressividade por medo ou dor
Às vezes, para se defender, o cão acuado pode atacar o agressor ou ameaçá-lo mostrando os dentes e rosnando, para evitar que chegue perto demais. Um cão com dor, por medo de que um outro bicho ou uma pessoa se aproveite dessa vulnerabilidade, tende a ser agressivo também. Esse é o principal motivo que leva cães atropelados a atacarem a pessoa que tenta socorrê-los.
Agressividade por dominância
Serve para mostrar quem manda. Costuma acontecer quando é questionada ou contrariada a dominância de um cão que se considera líder do grupo.