Cuidados com as articulações!

Estopinha durante a aula de adestramento, com tapete no chão para absorver o impacto.

Todo mundo sabe que a Estopinha é uma cadelinha super ativa, brincalhona, adora correr, pular, faz isso várias e várias vezes por dia.

Mas ela já não é mais uma jovem (fez 11 anos recentemente) e já há algum tempo apresenta um problema na coluna.

Por isso, eu tomo muito cuidado para que ela possa se divertir do jeito maluco dela, mas com segurança para não causar danos às articulações e coluna (especialmente nesta fase da vida).

Piso liso

Pisos lisos podem ser bem prejudiciais, já que provocam escorregões. Na minha casa, tomo o cuidado de fixar tapetes no chão quando sei que os cães vão ter momentos de correria ou alguns pulos, como acontece durante as aulas de adestramento.

Um superfície mais aderente (como é o caso de tapetes), ajuda a absorver os impactos e, consequentemente, os danos que poderiam surgir para a saúde.

Rampas

Deixar rampas de madeira ou espuma na beira dos sofás e camas é outra providência que ajuda a prevenir eventuais danos para coluna ou articulações quando nossos cães querem subir ou descer.

Existem modelos à venda, mas é possível fazer em casa ou solicitar a um profissional para confeccionar uma sob medida.

Prevenção é importante

Não precisamos esperar que os cães fiquem velhinhos para tomar esses cuidados. Se ao longo da vida pudermos prevenir impactos e escorregões constantes, existe maior probabilidade de que, quando idosos, possam ter mais qualidade de vida neste quesito!

3 dicas para o verão

Estamos no verão e tanto cães quanto gatos podem sofrer com as altas temperaturas. E, assim como os humanos, os animais precisam de mecanismos para enfrentar o período mais quente do ano.

Vamos a algumas dicas práticas e fáceis de aplicar:

1. Cuidados com hidratação

A água é a melhor alternativa para refrescar. No verão, vale trocar o conteúdo dos potes de cães e gatos com mais frequência, já que o conteúdo tende a esquentar e não ficar tão atrativo.

Falando em potes, os de cerâmica ou vidro preservam melhor e por mais tempo a água numa temperatura mais fresca. E vale aumentar o número de potes pela casa para que o acesso fique mais fácil (especialmente para os mais idosos).

Colocar gelo na água e também providenciar alguns itens como a ração ou frutas que o cão possa comer e congelar são alternativas interessantes e divertidas também. 

2. De olho na hipertermia

Cães e gatos não transpiram e, portanto, a regulação de sua temperatura interna se dá pelo ofegar. Raças com focinho achatado (braquicefálicos), têm maior dificuldade ainda e podem sofrer rapidamente os efeitos do aquecimento excessivo do corpo. 

Mas não só essas raças correm riscos: qualquer animal sujeito a temperaturas externas muito altas pode apresentar sintomas de hipertermia, como respiração muito ofegante, vômito, desmaios. 

Para prevenir, não deixe os pets expostos em jardins ou varandas, com pouco sombra ou sem ventilação durante os períodos mais quentes do dia, sem acesso a outros locais mais frescos. Eles precisam de um local abrigado do sol e do calor. 

E não se preocupe com caminhas: muitos cães e gatos preferem se esticar e deitar a barriga no piso frio mesmo!

E um ventilador perto dos locais onde o cachorro ou gato gostam de descansar vai dar uma super ajuda também!

3. Passeios

Lembrando sempre que os passeios com o cachorro devem ser nos horários mais frescos do dia, para prevenir a hipertermia que mencionei acima, especialmente porque, próximo ao chão, a temperatura tende a ser muito mais alta podendo até causar lesões nos coxins..  

Quando os cachorros começam a envelhecer?


Estopinha e seus dez anos!

Sobre o estudo

Recentemente, compartilhei nas mídias sociais um questionário preparado pelos pesquisadores da Eötvös Loránd University, que fica em Budapeste, na Hungria. Eles estão estudando o processo de envelhecimento dos cachorros, especialmente como o comportamento muda à medida que os anos passam e com que idade podem começar a aparecer os sintomas do envelhecimento e da síndrome da disfunção cognitiva, mais conhecida como ”Alzheimer canino”.

Sobre os resultados aqui no Brasil 

Foram coletados dados de 4.417 cães, com idade que variou entre 8 semanas a 26 anos. 42,6% dos cachorros eram mestiços e 57,4% eram de raça. Ao todo, 83 raças foram representadas na amostra.

Top 10 de nomes de cães

Este foi um dado divertido: saber quais os nomes de cães são mais comuns por aqui! 

RankingNome do cachorroNúmero de cães
1.Mel134
2.Nina133
3.Belinha58
4.Meg49
5.Luna48
6.Thor44
7.Billy33
8.Bob30
9.Pingo27
10. Lola, Nick25-25

Top 10 de raças de cães

As raças de cães mais comuns dentre as pessoas que responderam ao questionário foram:

RankingRaça Número de cães
1.Poodle Miniatura346
2.Yorkshire Terrier222
3.Lhasa Apso212
4.Shih Tzu194
5.Dachshund178
6.Pinscher Miniatura154
7.Labrador Retriever147
8.Poodle Standard146
9.Cocker Spaniel Inglês 98
10.Maltês89

Dados sobre como os cães vivem 

Abaixo, algumas estatísticas que mostram algumas características demográficas e de manutenção dos cães nesta amostra brasileira:

A porcentagem de cães (tanto machos quanto fêmeas) castrados é alta. A castração é uma medida efetiva e extremamente importante para combater superpopulação, abandono e proliferação de doenças graves. Mas vejam que ainda é necessária conscientização destes riscos, visto que ainda há muitos cães não castrados.   

Quando penso em bem-estar dos cães, uma das primeiras coisas que me vem à mente é permitir que eles possam ficar próximos à família, dentro das residências. Portanto, esta alta porcentagem de cães que vivem nesta condição me deixou muito satisfeito!

Este resultado me mostrou que podemos treinar muito mais comandos com os cães! Lembrem-se sempre que se trata de uma forma de estimulá-los mentalmente e melhora bastante a comunicação e o relacionamento das pessoas com eles!

Ter uma rotina bem estabelecida de atividades com os cães (alimentação, brincadeiras, passeios, treinos), ajuda a mantê-los equilibrados e tranquilos. Esta é uma medida importante especialmente quando o cão é muito ansioso, já que a previsibilidade do que vai acontecer em seu dia a dia é um fator importante para deixá-lo tranquilo. 

E a grande pergunta: quando os cães começam a envelhecer?

Em geral, os cães “envelhecem” por volta dos 8 anos de idade, de acordo com os tutores que responderam a este questionário, o que vai de acordo com a literatura sobre o tema. 

No entanto, parece que o envelhecimento depende do porte do cão. Por exemplo, aos 10 anos de idade, mais de 90% dos cães de grande porte eram considerados idosos pelos tutores, em comparação com 80% dos cães de porte médio e 70% dos chamado “miniatura”. Ou seja, quanto maior o porte do cão, mais cedo os tutores parecem notar os sinais de envelhecimento.

Além disso, como já era esperado, os cães considerados idosos diferiram dos “não idosos” na maioria das características comportamentais. No entanto, curiosamente, não foram encontradas diferenças entre cães “idosos” e jovens no que diz respeito à sociabilidade.

Sintomas da Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina

Entre as muitas doenças que afetam os cães idosos, a Síndrome da Disfunção Cognitiva canina é a mais evidente e tem muitas semelhanças com o Mal de Alzheimer que atinge os humanos.

A síndrome é caracterizada por uma variedade de sintomas, como desorientação espacial, mudanças no ciclo vigília-sono, problemas de eliminação, mudanças no comportamento social, problemas de memória e dificuldades de aprendizagem.

Em geral, os cães começam a apresentar alguns desses sintomas por volta dos 8 anos de idade. No entanto, quando a síndrome se torna efetiva (ou seja, com vários sintomas que ocorrem pelo menos mensalmente) parece desenvolver-se por volta dos 15 anos de idade. 

A prevalência da Síndrome da Disfunção Cognitiva também depende do porte do cão. Cães de porte mini mostram um aumento mais gradual com a idade do que os cães de grande porte. Curiosamente, no caso de cães de porte médio, há uma queda repentina na prevalência da síndrome após os 18 anos de idade.

Dicas para lidar com um cão com Síndrome da Disfunção Cognitiva

Durante a velhice estamos talvez diante da fase da vida de nossos cães em que eles mais precisam de nós. Por isso, vale consultar o médico veterinário que poderá prescrever os medicamentos e medidas necessárias para lidar com os problemas que surgem com a idade, inclusive o Alzheimer canino. 

Além disso, manter uma rotina ativa (respeitando sempre as limitações físicas e de saúde), ajuda a manter o cérebro também ativo.

É importante também procurar não mudar o ambiente ao qual o cão já está habituado, pois um dos sintomas que acometem os idosos com o “alzheimer canino” é a desorientação. 

Por fim, muita coisa ainda precisa ser decifrada pela ciência no que diz respeito ao envelhecimento dos nossos pets. Mas saber que há cientistas prestando atenção, colhendo dados, estudando esta fase em que os cães merecem tanto carinho e cuidado me deixa bem animado! 

Mais uma vez agradeço a cada um de vocês que dispôs de um tempinho para responder ao questionário.

Necessidades no local correto

Xixi fora do lugar é um problema que muitos tutores enfrentam com seus pets e uma das maiores reclamações que fazem ao contratar um serviço de adestramento.

Para evitar que o pet faça suas necessidades no local incorreto e para corrigir aqueles que já têm esse costume, o Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal, fez esse vídeo, que dá dicas sobre o assunto!

Assista e aprenda algumas técnicas de adestramento para aplicar em casa ou clique aqui e contrate os profissionais da Cão Cidadão !

Dicas para lidar com “Alzheimer canino” na Veja SP

À medida que nossos cães envelhecem, além de problemas de saúde que podem surgir, como artrose, questões na coluna, perda de visão e/ou audição ou cardiopatias, notamos também que muitos ficam menos ativos e parecem se esquecer de alguns comportamentos que apresentaram durante a vida toda, ou seja, apresentam um declínio cognitivo evidente.

Introduzi o tema recentemente aqui nesta coluna (leia aqui) e agora vou dar dicas sobre como agir com os cães idosos que apresentam sinais do “Alzheimer canino”, ou melhor, da síndrome da disfunção cognitiva.

Orientações do veterinário

Com a conclusão do diagnóstico pelo médico veterinário que acompanha o cão, este poderá prescrever medicações e/ou suplementos que auxiliam no quadro. Mas a indicação e a prescrição dependem da idade e porte do cão, assim como os sintomas que vem apresentando e, portanto, devem ser avaliados individualmente.

Estímulos

Muitos podem ficar com pena de colocar desafios para o cachorro que está velhinho. Preferem, por exemplo, colocar a comida no pote, para facilitar, ou evitar os passeios. Mas é justamente o contrário! Um cão que apresenta sinais do “Alzheimer canino”, como desorientação, troca do dia pela noite, não acertar mais as necessidades no seu “banheiro”, deve ter oportunidade de desenvolver atividades que estimulem seu raciocínio e cognição.

A síndrome da disfunção cognitiva é degenerativa e, quando estimulamos os neurônios dos cães, ajudamos a evitar uma progressão rápida da doença. Por isso, vale colocar parte da alimentação em brinquedos que liberam a comida, atiçar o pet com várias texturas e sabores, manter os passeios diários…

Logicamente, isso tudo deve ser feito respeitando as condições clínicas de cada um, pois eles podem estar com dificuldades de locomoção ou baixa visão, por exemplo. O importante é estimulá-los de forma bacana, mas sempre respeitando seus limites e saúde.

Não mudar o ambiente

Um dos sintomas que acometem os cachorros com o “Alzheimer canino” é a desorientação, mesmo em lugares que antes eram absolutamente familiares. Ela pode vir acompanhada de perda de visão, o que piora a situação.

Por isso, vale deixar o ambiente onde o cão circula exatamente como ele o conhece, sem mudanças de móveis de lugar ou da água, cama e brinquedos. Assim, a chance de ele conseguir se localizar sempre é muito maior.

Nessa fase, eles precisam como nunca de nosso cuidado, paciência e carinho. É possível que vivam muito bem, com qualidade, mesmo que pareçam estar meio perdidos!

Fonte: VEJA SP – Blog Bichos

Alexandre fala sobre o cão Chico no Fantástico

O zootecnista e especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, participou do Fantástico, programa que passa aos domingos na Rede Globo, para comentar sobre o caso do vídeo do cachorro Chico, que destruiu o colchão da sua tutora e acabou bombando na internet!

Para o profissional, manter o cachorro preso, sem ter o que fazer, é uma receita para o “desastre” ou, pelo menos, para o aumento do sofrimento do pet.

Ainda não viu as dicas do profissional e tem um “Chico” em casa? Então, clique aqui e assista!

Posse: como lidar com ela?

Proteger e cuidar de seus objetos é um comportamento natural dos cães, porém, se a posse estiver acompanhada de agressividade, você provavelmente tem um problema!

Para ajudar a resolvê-lo, Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal, deu dicas de como controlar esse comportamento.

Clique aqui para assistir!

Crianças que gostam de animais

Muitas crianças adoram estar na companhia de animais, porém, elas ainda não entendem os limites de cada um, o que pode representar perigo.

Neste vídeo, Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal, deu dicas para evitar acidentes envolvendo crianças e cachorros.

Assista e saiba mais!

Veja SP – Cães que correm atrás do próprio rabo

Pode parecer engraçado ver um cão correndo em círculos atrás do próprio rabo. Mas se este comportamento é frequente e o cachorro parece estar em um verdadeiro transe chegando, inclusive, a se machucar, é importante tomar algumas medidas.

Compulsão

Existem alguns comportamentos compulsivos em cães que podem gerar sério comprometimento ao bem-estar e à saúde dele. Perseguir o próprio rabo ou sombras e lamber compulsivamente as patas aparecem entre os exemplos.

A compulsão é um distúrbio que tem fundo genético e é deflagrada por vários fatores que surgem ao longo da vida do pet, como ansiedade, agressividade, tédio…

Dicas

Para lidar com um cão compulsivo, é muito importante aumentar a frequência de exercícios e atividades físicas, pois o tédio e a ansiedade em excesso podem ser gatilhos para o surgimento desse problema.

Cães precisam usar a boca de vez em quando. Por isso, disponibilize brinquedos, como bolinhas, para que eles os acessem nos momentos de ansiedade. Do contrário, podem acabar preferindo perseguir o próprio rabo.

Deve-se também descartar alguma outra causa relacionada à saúde, que justificaria a coceira ou a dor e que levam à perseguição do rabo, sob orientação de médico veterinário.

Muitas vezes, opta-se por amputar o membro e, neste caso, pode até surgir o que se denomina “dor fantasma”, ou seja, o animal continua a sentir dor ou incômodo no local e o comportamento persiste.

Nossas atitudes

Algumas ações das pessoas podem piorar a situação. Quando o cão está perseguindo o rabo e os tutores falam com ele, pedindo para parar, podem estar reforçando o comportamento, pois o cachorro entende essa comunicação como uma forma de chamar a atenção. Isso estimula ainda mais a atitude ruim, especialmente quando o pet estiver sozinho.

Por isso, para cães que têm essa tendência, deve-se dar outra atividade, mas sempre com cuidado para não recompensar e oferecer algo legal (como um osso) exatamente quando o comportamento estiver ocorrendo. É melhor bater palmas e sair do ambiente para que o cachorro não associe o comportamento com atenção.

A compulsão pode gerar prazer quando ele consegue morder o rabo e é preciso coibir isso para não se tornar um círculo vicioso, que vai aumentando de frequência. Durante o passeio, dá para controlar essa intenção (com a guia), mas em casa é sempre mais difícil. Neste caso, tente proteger o local com a ajuda do colar elisabetano.

No entanto, fica um alerta: cuidado para não associar esse objeto com coisas ruins. Por isso, treine para o pet fazer associações boas, ou seja, sempre que ele estiver usando o colar, só coisas legais devem acontecem (petiscos e brinquedos preferidos).

Não se esqueça de que quanto mais atividades bacanas o cão tiver no dia a dia, menos ele vai preferir correr atrás do próprio rabo!

Fonte: VEJA SP – Blog Bichos